Querid@s, na sessão de ontem na Câmara de Vereadores, onde estava em pauta a votação do projeto de lei 006/2016, que retira o Sindicato e o Parlamento do Conselho Municipal de Educação, parlamentares e representantes do Sifunmab entraram em conflito, a guerra verbal dominou toda reunião.
Como venho noticiando há tempo, o imbróglio se deu da seguinte forma, veja o que escrevi em texto anterior:
"Querid@s, o Sindicato dos Funcionários Municipais de Água Branca (Sinfumab) decidiu entrar em campo, nos últimos dias vem mostrando e demonstrando irregularidades na administração municipal.
[...]hoje circula na página da entidade uma cópia do projeto de lei nº 06/2016, oriundo da prefeitura e enviado à Câmara Municipal. No documento, consta a seguinte aberração, ficam excluídos do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica os representantes da Casa Legislativa e do Sindicato.".
Como era de se esperar o Sinfumab colocou-se contra e enfrentou o governo municipal.
A origem do desentendimento encontra-se estampado na portaria 481/2013 do Ministério da Educação, lá estão as diretrizes para nova composição do Conselho Municipal de Educação.
Observe que o documento é de 2013, mesmo assim, só agora o governo se mobilizou para tentar aprovar seu projeto de lei, ou seja, com três anos de atraso.
Como a atual gestão não dispõe de credibilidade e é repleta de irregularidades, não seriam os professores que iriam acreditar na palavra dos representantes do governo.
Com toda razão o Sindicato sentiu cheiro de golpe, gato escaldado tem medo de água fria.
A condução do processo foi vergonhosa, o Secretário de Educação, Bruno Mafra, não tem a menor condição de dirigir a edução de Água Branca, o cara é despreparado, incompetente e, claro, arrogante.
A prefeita confiou a ele a simples tarefa de orientar os apoiadores do governo na aprovação do PL, mas o resultado foi uma derrota fragorosa.
Nunca vi isso em minha vida, a turma de Zé de Dorinha tem maioria na Câmara e não ganha a parada. Para realizar uma proeza dessas, tem que ser muito incapaz.
Imagina se Bruno fizesse oposição e fosse minoria?
Ao chegar ontem na Câmara para apreciação da proposta, o primeiro gesto do Secretário de Educação foi desafiar o professor Gilvan, se dirigiu ao educador afirmando que iria derrotá-lo.
Após a provocação, os ânimos se exaltaram, daí pra frente, a batalha travou-se, o que não era para menos, ao invés de se colocar como negociador, Bruno preferiu o confronto, se deu mal mais uma vez.
Nesse desgoverno tudo é improvisado, por isso, os erros se acumulam e nossa tragédia ganham cores cinzentas.
O formato do encontro foi dividido entre a explanação do sindicato e da prefeitura, feito isso, o debate seria devolvido para os vereadores.
Pois bem, o Secretário teve sua chance e não convenceu, além de ser muito criticado e hostilizado pelos presentes.
Ao assumir a palavra, os representantes d@s trabalhador@s da educação acossaram Bruno, mostraram que as contas da secretaria não foram apresentadas, que o Conselho não passa de um puxadinho da prefeitura, além de denunciar os flagrantes sobre a merenda escolar, onde foram encontradas urina e fezes de ratos, além da falta de prestação de serviço de transporte público ao estudantes, visto que está girando na internete um vídeo no qual @s alun@s da Queimada de Baixo seguiam para escola a pé.
Bruno nada pôde dizer, pois não havia resposta, foi aí que entrou em cena Cargilson Lacerda, o parlamentar passou a contra-atacar, acusou o Sindicato de sub-representar @s trabalhador@s, além de não conquistar nenhuma vitória para categoria.
O parlamentar mostrou-se ferrenho defensor do governo, o mesmo que foi contra há alguns meses.
A discussão desceu a ladeira quando Cargilson atacou um indivíduo que assistia a sessão, falando em voz alta que o referido deveria pintar a bunda de branco, pois o acusava de querer aparecer.
Daí em diante o resultado foi vaias, xingamos e acusações.
Diante disso, Maciel Coito, Presidente da Câmara decidiu encerrar os trabalhos sem que o projeto fosse votado.
Ao final, a população aguardou o vereador Cargilson na saída da Câmara, tod@s passaram a vaiá-lo, o parlamentar não retrucou e foi embora.
Esse é o resumo da triste noite de ontem, onde a razão ficou do lado de fora.
O governou saiu derrotado e seus representantes mostraram pouca habilidade para negociação.
Criar leis, fiscalizar o executivo, acompanhar o andamento e a conduta da gestão... são atividades básicas para a existência da função tanto do sindicato quanto o do vereador. Esse poder é dado pelo povo, a extinção dele também excluirá a importância do povo no processo de seleção de representantes realizado nas urnas. A velha prática tudo deles nada nosso.
ResponderExcluir