Querid@s, o incipiente debate político em nossa cidade ganha ares de surrealismo, venho observando há muito os argumentos utilizados pelas várias facções políticas, mas ainda não entendi o que de fato querem essas pessoas.
É compreensivo que muitos ainda não saibam lidar com as divergência, como também não tenham uma linha clara de pensamento, afinal, sempre vivemos sobre a batuta de ditadores, ainda não sabemos conviver com a liberdade de expressão.
Mesmo diante disso, há posicionamentos que não fazem o menor sentido com a prática política de nossa realidade, vejo que alguns membros da turma de Zé de Dorinha estão chocados com a perseguição política do Governo Zé Carlos.
Para tal gesto, hipocrisia chega a ser uma palavra sem força para expressar tamanha desfaçatez.
A professora Maria Oliveira, conhecida como Ceicinha, vem demostrando sua indignação em sua rede social, o que é compreensivo, visto que ela acusa o atual governo de manobrar para tentar prejudicá-la.
Também levantou o véu do Sinfumab, mostrou as contradições no discurso de seus membros, antes cobravam e exigiam aumentos acima da inflação, agora se calaram diante de um reajuste de 5%.
Deixo claro que a posição de Ceicinha é legítima e correta, mas me chamou a atenção o fato de Rodrigo Dorinha fazer um comentário afirmando que de fato tratava-se de um caso clássico de perseguição política.
Ora, ou esse Srº. é incauto ou está tentando debochar de nossa cara.
Quem mais perseguiu, humilhou e agrediu a população foi Zé de Dorinha, pai de Rodrigo, o qual era seu braço direito, como pode agora as mesma pessoas que batiam palmas para as práticas de José Rodrigues Gomes se mostrarem indignadas?
Não entendi.
Rodrigo é veterano na arte de perseguir, quando estavam no poder, ele só pisava não chão porque ainda não inventaram um carro que voa, pois o rapaz olhava a todos de cima para baixo, nariz arrebitado, exalava arrogância e prepotência por onde passava.
Para os demais que ajudaram e apoiaram os Dorinha em sua saga macabra, só posso dizer que vocês estão a provar do veneno que tanto inocularam nos adversários.
Dói, agora vocês estão sentindo um pouco daquilo que a população amargou durante quase duas décadas.
O monstro que vocês criaram agora assombra os seus.
Com isso, não estou a legitimar essa prática maléfica, se Zé Carlos assim está agindo, merece repúdio.
Se o dono do mercadinho copiar Zé de Dorinha, acabará pior que ele.
Aos demais, sugiro que para que suas palavras tenham força, antes devem assumir a culpa por ter participado de um governo macabro que subjugou uma cidade inteira, caso contrário, só poderei classificar essa falsa indignação como hipocrisia.
Deixo um texto de Bertolt Brecht, talvez ele explique melhor o atual cenário.
INTERTEXTO
Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
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