Querid@s, ontem o Conselho Nacional de Justiça decidiu afastar o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, o desembargador Washington Luiz.
O magistrado é acusado de participar de um esquema fraudulento de aquisição de merenda escolar em Alagoas.
O CNJ resolveu afastar Washington Luiz da função de presidente do TJ e do cargo de juiz até o final do processo disciplinar. Com esse ato, o poder Judiciário alagoano fica numa situação delicadíssima, pois para população, passa-se a imagem de que a Justiça é desonesta e corrupta, o que de fato não é, visto a quantidade de juízes que se dedicam diariamente na promoção da igualdade e no combate à corrupção.
No front político, as principais lideranças políticas do estado estão atolados até o pescoço na Lava Jato, quais sejam, o senador Benedito de Lira e seu filho, Arthur Lira, deputado federal, e os parlamentares, Fernando Collor e Renan Calheiros, presidente do Senado Federal.
Com o anuncio de que a Odebrecht faria deleção premiada, segundo investigadores, nenhum governador do Brasil escaparia, todos receberam recursos da companhia para suas campanhas.
Com isso, entraria na roda o governador Renan Filho, assim, praticamente todos figurões da política alagoana estariam encurralados pelas garras da Polícia Federal, Ministério Público Federal e pelo o juiz Sérgio Moro.
O primeiro a cair foi o presidente do Tribunal de Justiça, na sequência virão outros tantos.
Desse modo, não sobrará pedra sobre pedra.
Como Água Branca não é uma ilha, não está isolada do resto do estado, reflexos serão sentidos em nossa cidade.
Em outra frente, a Polícia Federal está passando o pente fino em contratos fraudados de aquisição de merenda escolar, a tendência é se alastrar por todas as prefeituras e, com o advento da delação premiada, a rapaziada vai abrir a boca e entregar todo mundo.
No meio disso, Zé de Dorinha completará 16 anos de reinado absoluto, será que teria ele contas a prestar a Justiça?
E se os seus líderes políticos caírem, Zé também vai junto?
É saudável essa devassa, o problema é que não tivemos a capacidade de criar novas lideranças para substituir as velhas raposas.
É mais que urgente a participação da juventude na política, esse modelo ruiu, sobre os escombros é preciso edificar uma nova forma de organização político-partidária.
O que virá depois não sabemos, o que podemos afirmar é que os coronéis de Alagoas estão encurralados.
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