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A solução pro nosso povo eu vou dar

Querid@s, farei uma análise sobre as estruturas do sistema político água-branquense, tendo como ponto central, a economia.

Antes é preciso compreender algumas premissas, estas nos ajudará a compreender o texto e o contexto.

No debate econômico, técnico por natureza, requer um certo conhecimento, mas procurarei traduzir de maneira resumida as ideias que orientam o tema.

Sigamos, inicialmente é adequado entender ligeiramente quem são os caras que criaram as teses que fomentam as discussões e orientam os governos.

Delimitarei a três personagens.

O primeiro é um sujeito chamado Karl Marx , (1818-1883) foi um filósofo, sociólogo, jornalista. Esse cara defendia a ideia de que não há salvação no sistema capitalista, logo era preciso criar uma nova forma de organização social, econômica e política.

Em seguida veio John Maynard Keynes (1883-1946), economista britânico. Este caboclo advogava a ideia de que o sistema capitalista era uma grande criação humana, sendo apenas necessário que haja intervenção do governo para reparar distorções e agir em tempos de crise.

O terceiro, Frederich August von Hayek (1899-1992) foi um economista e filósofo, defendia o sistema capitalista e combatia a ideia de interferência do Estado na economia, dizia ele, o próprio mercado se auto-regula. 

Dito isso, sairemos da Europa diretamente para Água Branca, cá temos tudo para vivermos felizes e realizados, mas isso depende da maneira como nossa economia é administrada.

Nossa cidade dispõe de ativos econômicos valiosíssimos como, o tamanho de nosso território, são 480 km², para se ter noção do que isso significa, Maceió, nossa capital, tem um território de 509 km², ou seja, praticamente o mesmo tamanho de Água Branca, isso com apenas um detalhe, lá existe uma população de 1.000.000 (um milhão) de habitantes, cá, apenas 20.500 (vinte mil e quinhentos).

Sintetizando, isso vale para percebemos a quantidade de empreendimentos e estabelecimento produtivos que podem ser instalados em nosso município.

Passemos adiante, nosso clima é favorável e a geografia diversa, esses fatores habilitam nossa terra a ter uma produção agrícola e pecuário diversificada, sendo possível atividades que vão desde a criação de peixes, caprinocultura, bovinocultura, avicultura, hortaliças e até a produção de morango na beira do Canal do Sertão.

Além de tudo isso, o povo água-branquense é extremamente trabalhador, inventivo e criativo. Basta observar que mesmo com nossa economia desorganizada, muit@s ousam empreender, mas infelizmente esbarram nos entraves econômicos e na baixa circulação de dinheiro.

Veja que falei na baixa circulação de dinheiro, não na falta!

Segundo o IBGE, o PIB per capta água-branquense no ano de 2013 foi de R$ 5.172,73 (cinco mil cento e setenta e dois reais e setenta e três centavos). A renda per capita é calculada pelo montante de recursos do município dividida pelo número de habitantes.

Façamos uma conta simples, nossa população é de 20.500 habitantes, logo multipliquemos o valor de R$ 5.172,73 pela população, chegamos ao valor de?????? 

R$ 106.040.965,00 (CENTO E SEIS MILHÕES, QUARENTA MIL E NOVICENTOS E SESSENTA E CINCO REAIS).

Isso mesmo car@ amig@, essa é quantidade de dinheiro que detém o município de Água Branca por ano.

Com esse montante é possível transformar por completo a vida de toda nossa população.

A pergunta que não quer calar, por que isso não acontece?

Vamos aos fatos, a prefeitura não efetuar suas compras em nossa cidade, logo uma parte expressiva dos recursos públicos são destinados a outros município, para se ter uma ideia, só o dinheiro repassado para merenda escolar gira entorno de 50.000.000,00 (CINQUENTA MILHÕES DE REAIS).

Imagine se o feijão, o arroz, o óleo, a bolacha, o suco, o macarrão, o milho, as frutas, carne de frango, ovelha e bode fossem adquiridos dos pequenos agricultores, pecuaristas e comerciantes? 

Toda essa dinheirama ficaria aqui, isso promoveria a melhoria da vida de nosso povo.

Mas, o que vemos é o nosso comércio completamente desorganizado, comerciantes sem capital de giro, com mercadorias caras e sem possibilidade de parcelamento dos valores dos produtos.

A prefeitura deveria intimar o Banco do Nordeste, este tem como missão financiar a economia nordestina, logo abriria uma linha de crédito para os comerciantes, como exemplo, algo no vulto de 30.000,00 (trinta mil reais), com carência para pagar em 05 (cinco) anos, a juros de 0,5 ao mês.

Isso daria fôlego ao comércio e possibilitaria o parcelamento nas compras. Dessa maneira faria os comerciantes venderem mais.

Como isso não acontece, as pessoas despejam milhões nos comércios de Delmiro Gouveia e Paulo Afonso, pois lá encontram mercadorias a preços acessíveis e possibilidade de efetuar os pagamentos em prestações suaves.

Perceba agora como tudo isso reflete no nosso sistema político e na qualidade d@s representant@s.

Vejamos, historicamente nosso maior flagelo sempre foi a falta de emprego, com consequências graves para toda população, quem não tem um irmã, parente ou amigo que teve que ser expulso de nossa cidade para se aventurar pelo mundo em busca de um trabalho? 

Tod@s n@s temos.

Chagamos a ver cenas em que o indivíduo casava-se no sábado e, na segunda-feira pegava o ônibus para São Paulo, ficando para trás a mulher, voltava apenas depois de anos, passava alguns dias e retornava deixando muitas vezes a esposa grávida, vindo a conhecer o filho muitos anos depois.

Em outros casos, muitos foram e nunca mais voltaram, sequer o corpo a família teve o direito de velar e enterrar.

Veja o grau de violência e humilhação ao qual nosso povo sempre esteve submetido.

Politicamente os picaretas manejaram essa tragédia em benefício próprio.

A estrutura funciona da seguinte forma, como a maior preocupação da população é o emprego e este não existe na iniciativa privada, logo @ prefeit@ de plantão torna-se @ maior empregador@ da cidade, tendo aqueles que desejam um emprego que se submeter aos mandos e desmando do mandatári@.

Assim, o povo fica cativo d@ prefeit@, forçado a levantar bandeira em defesa de seu patrão, mesmo sabendo que @ político muitas vezes é corrupto, coronel e incompetente.

Mas, para quem tem como preocupação primeira o sustento da família, tudo aquilo que não diz respeito a seu salário não tem grande importância.

Por meio da corrupção, @ larápio da vez acumula fortuna, está serve para benefício próprio e para comprar apoios políticos e eleições.

@s vereador@s seguem na mesma batida, vende-se para @ chefe político e com o dinheiro recebido compram votos.

Ao chegar a Câmara Municipal, muitas vezes condicionam o apoio ao governo a cargos para familiares e uma mesada mensal.

Além da classe média de nossa cidade que dá sustentação a tudo isso. Pois existem família que estão recebendo salários da prefeitura desde o tempo em que os Torres governavam.

Essa parcela da população tem responsabilidade direta.

O engraçado é que muit@s desses vivem dia e noite dentro da Igreja.

Desse modo, o ciclo torna-se vicioso e nunca para.

Isso tudo só é possível porque nossa economia não é administrada para gerar emprego e renda, pois o miolo do sistema político está alicerçado na falta de oportunidade de trabalho.

Assim sendo, qual o político mequetrefe que mudaria a regra do jogo que lhe beneficia? 

Nenhum, isso jamais acontecerá.

A regrar é manter o povo dependente financeiramente, pois com isso, aquilo que é direito transforma-se em favor.

Se o pai ou a mãe de família que não tem dinheiro para fazer um exame, comprar um remédio ou realizar uma cirurgia, necessariamente terá que se humilhar a um@ vereador@ ou ao prefeit@ para conseguir uma assistência, ficando o indivíduo a dever um favor, este se retribui com o voto, seja em que for.

Para concluir, nesses termos não é possível haver democracia.

A população só teria liberdade para votar nos melhores políticos e em ideias, no dia em que tiver como sustentar a própria família, caso contrário, viveremos nessa ruína pelo resto da vida.

Só um grupo de pessoas bem intencionadas e preparadas poderá promover a mudança do sistema político água-branquense.

Se continuar como está, veremos sempre o mesmo filme.




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