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Administração de Padre Eraldo expulsa músicos água-branquenses da Banda

Querid@s, no início da semana, o Blog Ferreira Delmiro levantou o debate sobre a expulsão de 18 (dezoito) músicos da Banda Filarmônica de Delmiro Gouveia, sendo 9 (nove) de nossa terra, a decisão foi tomada pela Secretária de Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, Patrícia Brasil.

Um dos que se levantaram contra a medida foi o vereador Daniel Marques, que faz parte da base de sustentação do governo de Padre Eraldo, ele classificou a medida como "injusta".

A Banda de Delmiro foi fundada em 2001, tendo como primeiro maestro, o saudoso e talentoso Walmir Fonseca, um água-branquense de coração, o qual tivemos o prazer de conviver e ter como o regente de nossa amada Banda Cecília.

No início, Walmir levava os músicos de nossa cidade para ajudar na formação da Filarmônica da cidade vizinha, coisa que foi feita com muito gosto e satisfação pelos nossos artistas.

Como o passar do tempo, a Banda de delmirense foi se firmando e o grupo se solidificou, graças a solidariedade e o sentimento de irmandade que une a população das duas cidades.

Feito isso, o agradecimento veio em forma de expulsão, como se nossos membros fossem intrusos e penetras.

E o Padre Eraldo calou-se, com seu silêncio validou o golpe.

A Secretária de Cultura emitiu uma nota que foi publicada no Blog do Ferreira, veja:

""A Prefeitura Municipal de Delmiro Gouveia, através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte vêm à público esclarecer matéria veiculada no site 'Ferreira Delmiro' sobre a Orquestra Filarmônica Municipal Tenente José Nicácio de Sousa.

A Orquestra, criada em 2013 sob a lei n° 1078/2013 pela gestão municipal do período é clara em seu Artigo 2, inciso 2, "A seleção dos demais integrantes da Orquestra Filarmônica será feita pelo maestro, dentre os membros da comunidade local.." sendo assim, e perante a lei, os integrantes deverão residir em Delmiro Gouveia para participarem do projeto. O desligamento dos 18 componentes deu-se então, por motivos legais.".

Perceba a fragilidade do argumento, o art. 2º, inciso II, da Lei 1078/2013, o qual Patrícia Brasil utiliza como fundamento, logo no início afirma, "a seleção dos demais", os demais significa os outros, a partir desta data, ou seja, quem era membro da Banda antes de 2013, não poderá ser atingido pelo mandamento legal. 

É notório o sentimento de bairrismos propagado por alguns cidadãos daquela cidade, mas tem um ponto fulcral que precisa ser lembrando, Delmiro Gouveia é filha de Água Branca, saiu da costela da Princesa do Sertão, sendo fundamental manter o respeito e a reverência.

Em muitos momentos, a impressão que tenho é que alguns membros daquela comunidade se portam como um filho ingrato, que ao tornar-se adulto, passa a negar e até vilipendiar os pais, basta ver que em alguns escritos e comemorações sobre o Pioneiro, nossa Água Branca é tratada com descaso, sendo dada pouca importância a contribuição que demos a formação da cidade de Delmiro Gouveia.

Algumas coisas que já li sobre o empresário Delmiro, fiquei com a sensação de que ele caiu de um cometa e fixou-se na comunidade da Pedra.

Calma lá, Cara Pálida! 

É preciso colocar os pingos nos is, cansamos de ver nossa história ser regala a segundo plano, Delmiro quando aportou por essas bandas, veio para Água Branca, não para o lugarejo da Pedra, pois aquilo que conhecemos hoje, nem existia. 

Ao sair do Recife, o empresário fugiu para terras água-branquenses por diversos motivos, porque aqui era um lugar próspero e rico, além disso, o líder político à época que comandava os destinos dessa terra, era forte e capaz de defendê-lo das garras do Vice-Governador de Pernambuco, esse homem chamava-se Coronel Ulisses Luna.

O chefe político de Água Branca recebeu o fugitivo na Fazenda Cobra, garantiu proteção e facilidades para que aqui se estabelecesse, "arrumando" terras baratas para que Delmiro comprasse e desenvolvesse as matérias primaras para aquilo que seria a Fábrica da Pedra.

O Coronel Delmiro Gouveia só foi quem foi, graças aos Coronel Ulisses, que por sinal, era água-branquense.

Nos dias de hoje, toda nossa contribuição para a realização daquele sonho é tratada como uma vírgula na história, uma falta de consideração e humildade monumental.

O episódio da expulsão de nossos músicos da Filarmônica da cidade vizinha sintetiza esse sentimento não declarado, o de que não devem respeito à nossa cidade.

Aqui deixo um conselho aos nossos músicos de nossa terra, não voltem mais a tocar naquela Banda, um gesto grosseiro e baixo dessa natureza não tem perdão.

Cá ficaremos nós, com nossa majestosa Banda Cecília, orgulho de nosso povo.

As portas de Água Branca estarão sempre abertas a receber os teus filhos de Delmiro, por mais que alguns tentem negar suas origens.




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